terça-feira, 10 de março de 2015

LEMBRANÇAS

Mesclam-se em nossas vidas, algumas maravilhosas, outras nem tanto, umas péssimas, outras nem tanto, porém todas compõem nosso passado, são alicerces de nossa formação para a vida, responsáveis por quem somos.
As lembranças, boas ou ruins, falam por si e entram em nossa formação espiritual, mental, social e emocional.
Lembranças na realidade são fatos, situações, sentimentos vivenciados no passado e que marca a cada um de forma diferente, própria. Ninguém sente igual, nem mesmo na intensidade.
Até os gêmeos univitelinos tem emoções diferenciadas, diante de uma mesma situação.
Alguns se deixam abater facilmente pelas lembranças amargas, outros as usam como ferramentas para elevar-se enquanto ser humano, física, emocional, mental e espiritualmente.
São os fortes, determinados, aqueles que são lutadores natos, os que têm coragem de viver, que sonham, lutam por seus sonhos, encaram a vida como uma batalha na conquista da qual, precisam se fortalecer e buscar sempre a vitória.
Até mesmo quando pessoas que deviam amar, proteger, cuidar e formar abandonam por desamor, agindo por puro egoísmo, parecendo serem desprovidas de sentimento, deixando amargas lembranças, estão de qualquer forma forjando uma têmpera.
Uns se derretem sob a ação desta forja, sucumbem ao peso destas lembranças se entregando à depressão, bebida, drogas, outros surtam ao ponto de perderem a sanidade e o senso de certo e errado entregando-se ao crime.
Outros as usam como alavancas de propulsão e produzem uma têmpera resistente como resultado deste sofrer.
Lembranças, inevitáveis tanto na capacidade de esquecê-las, quanto na influência na vida e formação de cada um e de todos.
Ao fim e ao cabo, o ser humano é fruto de suas recordações, consideradas, nesta afirmação, como experiências de vida.

Que Deus nos abençoe.

CARGOS ELETIVOS

Comungo com a idéia de repudiar o pensamento que pessoas com baixa escolaridade devam ser impedidas de candidatar-se ou exercer cargos eletivos, essencialmente os cargos políticos.
O que deveria se tornar obrigatório é que tais indivíduos tivessem que se preparar para tal. Deveriam ser obrigados a freqüentar e lograr aprovação em um curso destinado a transmitir-lhe conhecimentos sobre o cargo ao qual pretende candidatar-se.
Curso para vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais, federais, senadores, presidente e vice, da república.
Necessário se faz que cada um deles saiba o que lhes compete fazer e como fazer, conhecer um mínimo do regimento interno de cada cargo e da legislação que rege suas ações e criações.
Assistimos hoje, vereadores que em campanha fazem promessas que jamais poderão cumprir, pois sua concretização está fora de suas atribuições e competência.
Isto ocorre na campanha para todos os cargos.
Precisamos mudar isto para que os candidatos eleitos tenham um mínimo de condições para o exercício de seu mandato.
Entristece ver um Tiririca reeleito Deputado Federal, pelo Estado de São Paulo, justo aquele que deveria ser o mais politizado do país, não por sua quase nenhuma escolaridade e muito pelo seu grande despreparo e especialmente por seu desinteresse durante o primeiro mandato, em melhor se preparar.
Candidatos despreparados montam seus gabinetes, não com os profissionais necessários ao suprimento de suas deficiências, desconhecimentos e sim com aqueles correligionários que pela força do comprometimento estão obrigados, complementando com os cargos de favor cujos elementos nem expediente cumprem, apenas constam na folha de pagamentos.
O que podemos esperar de um homem eleito sem preparo e totalmente comprometido com a corrupção, antes mesmo de iniciar o trabalho que deveria prestar ao povo, tendo este como finalidade do desenrolar de suas funções públicas.
Se os legisladores não cumprem sua função, o judiciário deveria provocar a necessária mudança, conseguir por sugestão e convencimento, lei que determine o curso, a composição mínima dos gabinetes, garantindo que, embora de livre escolha do candidato eleito, o gabinete teria que ser montado com profissionais pertinentes à função.

Que Deus nos inspire.

PRECONCEITO.

Palavra que encerra um significado absolutamente desprezível e se de fato não representasse um sentimento, poderia inexistir, sem que nenhuma falta fizesse.
Falamos ontem no dia internacional da mulher e merecidamente as exaltamos, demonstramos-lhes nosso respeito, admiração, carinho, as presenteamos, nas figuras de nossas mães, esposas, namoradas, irmãs, amigas, amantes e amadas.
Porém, neste mesmo dia, assisti um padre em seu púlpito também reverenciá-las, na figura de Maria Santíssima, foi lindo.
Lindo, merecido, conveniente e com um sentimento de prazer e justiça teria deixado aquele templo, não fosse ao final, este mesmo sacerdote, classificá-la como auxiliar do homem. Pronto, estabeleceu-se o odiado preconceito. Deveríamos então pensar que Deus, em sua infinita justiça e sapiência, teria criado a mulher com todos os maravilhosos atributos que as sabemos possuidoras, para que fosse inferior, colocando-as na simples função de auxiliar de seu preferido, o homem, o macho da espécie.
Duvido, Deus deu às mulheres a belíssima capacidade de gerar filhos, multiplicar nossa espécie para garantir sua preservação e nós homens, nesta sublime missão, somos apenas coadjuvantes.
Nós homens podemos doar o sêmen, importante na geração da nova vida, porém, ainda assim, seremos coadjuvantes. Dirão alguns, a mulher também pode doar o óvulo, correto, porém será sempre necessária a utilização do útero de outra mulher para que um novo ser seja gerado.
Quando se exerce o preconceito contra a mulher, seja ele velado ou não, estamos sendo suficientemente cretinos para nos esquecermos do princípio, do ser feminino que nos deu a vida, nos criou, educou, cuidou ou daquela que faz o mesmo com nossos amados filhos.
É como se pensássemos minha mãe ou minha esposa não são mulheres ou são, porém diferente de todas as outras.
Até Cristo ao vir ao mundo, escolheu o seio de uma família e nascer de Maria, só isto já seria suficiente para demonstrar o respeito, amor e carinho que foi atribuído à mulher, especialmente a sua capacidade de ser mãe.
A mulher deve ser no mínimo tratada pelo mandamento de Deus que mais se aplica a queda do preconceito e da diminuição do ser humano: Amai o seu próximo como eu vos amei.
Vejamos sempre a mulher como parceira, cúmplice, amiga, companheira de uma vida.
Parabéns a todas as mulheres do mundo, e para aquelas que porventura se desviaram do caminho (matam ou abandonam seus filhos ao nascerem, se drogam, se prostituem, se entregam ao crime)  a elas foi por Deus destinado, que Ele as traga de volta à sua sublime missão.

Belém-PA, 09 de março de 2015.