Precisamos pensar que os
tempos são outros, as informações nos atingem a todos em assustadora velocidade
e fidelidade. Um jovem de doze anos hoje, nem de longe se parece com o jovem de
doze anos dos anos cinquenta.
O nível de conhecimento, de
informações de vivencia, são totalmente diferentes. O jovem de antigamente, aos
doze anos, ainda era uma criança, pela desinformação, pelo excessivo respeito à
família, principalmente aos pais.
Hoje a situação é totalmente
diferente, pais que passam o dia no trabalho, mães que não tem mais tempo
de exercer sua função na família, pelo menos da forma que antigamente se
processava.
Enfim, a única identidade
entre um jovem de doze anos dos anos cinquenta e os de hoje, é a idade
cronológica.
Hoje o que corretamente definiria
a maioridade penal, seria a gravidade do crime cometido, independentemente da
idade cronológica de seu praticante.
Os danos causados, a
indignação, a crueldade, o planejamento (dolo) são os mesmos. Por qual motivo a
punição seria diferente?
Se o jovem é adulto o
suficiente para assassinar quatro outros adultos (inclusive pais e tias), sem lhes dar quaisquer
chances de defesa, porque não o será para assumir as responsabilidades por seus
atos criminosos.
Fatos recentes, fartamente
divulgados pela mídia, nos mostram, sem qualquer sombra de dúvidas, do que um pré-adolescente
de treze anos de idade é capaz de fazer. Planejar meticulosa e friamente um múltiplo
assassinato, por motivo torpe ou até com a ausência deste, contra sua própria
família.
Vamos fechar nossos olhos e
atarmos nossas mãos para que esta triste realidade aumente exponencialmente,
como tem ocorrido?
Deixemos de lado a demagogia,
o protecionismo, vamos olhar o problema de frente e criarmos meios para corrigi-lo.
Vejo a situação da
violência, da impunidade, como a figura que a seguir descreverei:
Imaginemos uma vila,
construída ao pé de uma montanha gelada da qual desce uma enorme avalanche, que
cresce a cada minuto, sem que consigamos impedi-la, de crescer ou descer.
Enquanto isto ocorre, o
conselho de segurança da vila, reunido, discute aos berros, que a vila jamais
deveria ter sido construída naquele local.
Inócua providência, pois
isto não impedirá o crescimento, a descida da avalanche e menos ainda os
resultados nefastos que seu impacto causará.
O mais correto a fazer é deter
a avalanche a qualquer custo, com o objetivo de salvarmos o maior número
possível de famílias inocentes, de cidadãos produtivos. Após termos detido a
avalanche, vamos então discutir as providências cabíveis e definitivas para
solucionarmos o problema, criarmos medidas capazes de fazer com que jamais sejamos
ameaçados por outra avalanche.
ATÉ QUANDO FICAREMOS OMISSOS?
ATÉ QUANDO FICAREMOS OMISSOS?
Vamos refletir sobre o
assunto, analisá-lo sem paixões, com olhos e atitudes voltados para uma
solução definitiva.
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