segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MAIORIDADE PENAL

Muito se tem discutido sobre maioridade penal, entretanto estas   discussões    se         têm  concentrado na idade cronológica, faixa etária da formação do jovem, em sua transição de adolescente para a idade adulta.

Precisamos pensar que os tempos são outros, as informações nos atingem a todos em assustadora velocidade e fidelidade. Um jovem de doze anos hoje, nem de longe se parece com o jovem de doze anos dos anos cinquenta.

O nível de conhecimento, de informações de vivencia, são totalmente diferentes. O jovem de antigamente, aos doze anos, ainda era uma criança, pela desinformação, pelo excessivo respeito à família, principalmente aos pais.


Hoje a situação é totalmente diferente, pais que passam o dia no trabalho, mães que não tem mais tempo de exercer sua função na família, pelo menos da forma que antigamente se processava.

Enfim, a única identidade entre um jovem de doze anos dos anos cinquenta e os de hoje, é a idade cronológica.


Hoje o que corretamente definiria a maioridade penal, seria a gravidade do crime cometido, independentemente da idade cronológica de seu praticante.


Os danos causados, a indignação, a crueldade, o planejamento (dolo) são os mesmos. Por qual motivo a punição seria diferente?


Se o jovem é adulto o suficiente para assassinar quatro outros adultos (inclusive pais e tias), sem lhes dar quaisquer chances de defesa, porque não o será para assumir as responsabilidades por seus atos criminosos. 


Fatos recentes, fartamente divulgados pela mídia, nos mostram, sem qualquer sombra de dúvidas, do que um pré-adolescente de treze anos de idade é capaz de fazer. Planejar meticulosa e friamente um múltiplo assassinato, por motivo torpe ou até com a ausência deste, contra sua própria família.


Vamos fechar nossos olhos e atarmos nossas mãos para que esta triste realidade aumente exponencialmente, como tem ocorrido?


Deixemos de lado a demagogia, o protecionismo, vamos olhar o problema de frente e criarmos meios para corrigi-lo.


Vejo a situação da violência, da impunidade, como a figura que a seguir descreverei:


Imaginemos uma vila, construída ao pé de uma montanha gelada da qual desce uma enorme avalanche, que cresce a cada minuto, sem que consigamos impedi-la, de crescer ou descer.


Enquanto isto ocorre, o conselho de segurança da vila, reunido, discute aos berros, que a vila jamais deveria ter sido construída naquele local.


Inócua providência, pois isto não impedirá o crescimento, a descida da avalanche e menos ainda os resultados nefastos que seu impacto causará.


O mais correto a fazer é deter a avalanche a qualquer custo, com o objetivo de salvarmos o maior número possível de famílias inocentes, de cidadãos produtivos. Após termos detido a avalanche, vamos então discutir as providências cabíveis e definitivas para solucionarmos o problema, criarmos medidas capazes de fazer com que jamais sejamos ameaçados por outra avalanche.

ATÉ QUANDO FICAREMOS OMISSOS?


Vamos refletir sobre o assunto, analisá-lo sem paixões, com olhos e atitudes voltados para uma solução definitiva.


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